sexta-feira, outubro 07, 2011

Húmida terra

Sou um estado qualquer numa coisa vazia
Um mundo que desaparece
No ressuscitar do dia.
A nuvem nem me cumprimenta, arrepia
Caminho a direito sem S
Para onde eu não ia.
Fecho os meus olhos e vejo quem tanto erra
Na civilização, na montanha
No fogo da chama.
Sei tudo agora tão bem sob a húmida terra
Que a minha mão não apanha
No calor da cama.
E o cheiro é tão intenso neste doce relvado
Onde o sal não decora o chão
Para estar tudo na mesma.
E o murmúrio do coração aos céus é levado
E a chuva desce trazida pela mão;
Lá cai nova resma!
Magoei alguns por certo, entre as presentes dores
Pois que prossigam tontos a rir
Que vos seja habitual.
Agradeço as vossas lágrimas, obrigado por tantas flores
Souberam-me bem, mas vou dormir
Neste meu funeral.

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