terça-feira, outubro 04, 2011

Sorriso de Criança

No relento da noite

Somos o momento do dia

A lua que sorria sem saber

O tamanho do açoite.


 

E quantos olhos se quebram

À mão da dura epifania

Que batia e batia por querer

Impor leis talhadas em pedra.

    

Mas os vidros aqui são em dobro

E isso é-nos tão grande garantia

Que na casa pia ao lado se podem ter

As notícias dum papel salobro.


 

No silêncio das estrelas

Sofremos de crónica paralisia

Pelo que ria uma criança agora a morrer

Quando podíamos nós sê-las.

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