No relento da noite
Somos o momento do dia
A lua que sorria sem saber
O tamanho do açoite.
E quantos olhos se quebram
À mão da dura epifania
Que batia e batia por querer
Impor leis talhadas em pedra.
Mas os vidros aqui são em dobro
E isso é-nos tão grande garantia
Que na casa pia ao lado se podem ter
As notícias dum papel salobro.
No silêncio das estrelas
Sofremos de crónica paralisia
Pelo que ria uma criança agora a morrer
Quando podíamos nós sê-las.
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