segunda-feira, dezembro 19, 2011

Último sopro

E se um dia partisse
Numa viagem às arrecuas
E se me dissesses agora
As sílabas que não desnuas?
 


E se fosses tu embora
Sem tentar sorrir de novo
E se lutasses um pouco
No ringue onde me comovo?

 
E se eu estivesse mouco
Querias-te afónica de tanto gritar
E se o sim fosse mel
Que não te custasse pronunciar?


E se a tua na minha pele
Pudesse ser doce realidade
E se o sonho dos deuses
Fosse maior que toda a idade?


E se eu te visse feliz
E se o pudesses apalpar
E soubesses o quanto quis
Nunca sair pelo ar.


Última finta, último sopro…

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